quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Dislexia

Caros leitores,
Este artigo foi produzido para que vocês entendam sobre as várias dificuldades que podem existir no processo ensino-aprendizagem de um aluno!

Dislexia

O que é?

É uma dificuldade primária do aprendizado abrangendo: leitura, escrita, e soletração ou uma combinação de duas ou três destas dificuldades. Caracteriza-se por alterações quantitativas e qualitativas, total ou parcialmente irreversíveis. É o distúrbio (ou transtorno) do aprendizado mais frequentemente identificado na sala de aula. Está relacionado, diretamente, à reprovação escolar, sendo causa de 15 % das reprovações. Em nosso meio, entre alunos das séries iniciais (escolas regulares) têm sido identificados problemas em cerca de 8 %. Estima-se que a dislexia atinja 10 a
15 % da população mundial

Quem pode ser afetado?

A dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição socioeconômica ou baixa inteligência. Ela pode atingir igualmente pessoas das raças branca, negra ou amarela, ricas e pobres, famosas ou anônimas, pessoas inteligentes ou aquelas mais limitadas.

Qual a causa?

A dislexia tem sido relacionada a fatores genéticos, acometendo pacientes que tenham familiares com problemas fonológicos, mesmo que não apresentem dislexia. As alterações ocorreriam em um gene do cromossomo 6 . A dislexia, em nível cognitivo- linguístico, reflete um déficit no componente específico da linguagem, o módulo fonológico, implicado no processamento dos sons da fala. Uma criança que tenha um genitor disléxico apresenta um risco importante de apresentar dislexia, sendo que 23 a 65 % delas apresenta o distúrbio.
Um gene recentemente relacionado com a dislexia é chamado de DCDC2. Segundo o Dr. Jeffrey R. Gruen, geneticista da Universidade de Yale, Estados Unidos, ele é ativo nos centros da leitura do cérebro humano.
Outro gene, chamado Robo1, descoberto por Juha Kere, professor de genética molecular do Instituto Karolinska de Estocolmo, é um gene de desenvolvimento que guia conexões, chamadas axônios, entre os dois hemisférios do cérebro.
Pesquisadores dizem que um teste genético para a dislexia pode estar disponível dentro de um ano. Crianças de famílias que têm história da dislexia poderão ser testadas. Se as crianças tiverem o risco genético, elas podem ser colocadas em programas precoces de intervenção.

O que se sente?

Sinais indicadores de dislexia:
A dificuldade de ler, escrever e soletrar mostra-se por dificuldades diferentes em cada faixa etária e acadêmica.

 Pré-Escola, pré-alfabetização 
 
ü     Aquisição tardia da fala
ü    Pronunciação constantemente errada de algumas sílabas
ü    Crescimento lento do vocabulário
ü    Problemas em seguir rotinas
ü    Dificuldade em aprender cores, números e copiar seu próprio nome
ü    Falta de habilidade para tarefas motoras finas (abotoar, amarrar sapato), ..
ü    Não conseguir narrar uma história conhecida em seqüência correta
ü    Não memorizar nomes ou símbolos
ü  Dificuldade em pegar uma bola

Início do ensino fundamental - Alfabetização

Dificuldades mais identificadas:
 

v  fala

v  aprender o alfabeto

v  planejamento e execução motora de letras e números

v  preensão do lápis

v  motricidade fina e do esquema corporal.

v  separar e sequenciar sons (ex: p – a – t – o )

v  habilidades auditivas - rimas

v  discriminar fonemas de sons semelhantes: t /d; - g / j; - p / b.,

v  diferenciação de letras com orientação espacial: d /b ;- d / p; - n /u; - m / u pequenas diferenças gráficas: e / a;- j / i;- n / m;- u /v
   
v  orientação temporal (ontem – hoje – amanhã, dias da semana, meses do ano)

v  orientação espacial (lateralidade difusa, confunde a direita e esquerda, embaixo, em cima) execução da letra cursiva

Ensino Fundamental

Dificuldades mais identificadas:
 

§  atraso na aquisição das competências da leitura e escrita. Leitura silábica, decifratória. Nível de leitura abaixo do esperado para sua série e idade.

§  soletração de palavras

§  ler em voz alta diante da turma

§  supressão de letras: cavalo /caalo;-. biblioteca/bioteca; - bolacha / boacha

§  Repetição de sílabas: pássaro / passassaro; camada / camamada

§  sequencia de letras em palavras Inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras (ai-ia; per-pré; fla-fal; me-em).

§  Fragmentação incorreta: o menino joga bola - omeninojo gabola

§  planejar, organizar e conseguir terminar as tarefas dentro do tempo

§  enunciados de problemas matemáticos e figuras geométricas

§  elaboração de textos escritos expressão através da escrita

§  compreensão de piadas, provérbios e gírias

§  sequências como: meses do ano, dias da semana, alfabeto, tabuada. mapas

§  copiar do quadro

§  sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia como "a-o", "e-d", "h-n" e "e-d", por exemplo.


§  confusão com letras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço como "b-d". "d-p", "b-q", "d-b", "d-p", "d-q", "n-u" e "a-e"

§  dificuldade pode ser ainda para letras que possuem um ponto de articulação comum e cujos sons são acusticamente próximos: "d-t" e
          "c-q", por exemplo.

§  inversões de sílabas ou palavras como "sol-los", "som-mos"bem como a adição ou omissão de sons como "casa-casaco"

§  repetição de sílabas, salto de linhas e soletração defeituosa de palavras. 

§  sensação de movimentação das letras que “pulsam, tremem, vibram, confluem ou desaparecem”

Ensino Médio

Dificuldades mais identificadas: 
 
Ø  Podem ter dificuldade em aprender outros idiomas.
Ø  Leitura vagarosa e com muitos erros
Ø  Permanência da dificuldade em soletrar palavras mais complexas
Ø  Dificuldade em planejar e fazer redações
Ø  Dificuldade para reproduzir histórias
Ø  Dificuldade nas habilidades de memória
Ø  Dificuldade de entender conceitos abstratos
Ø  Dificuldade de prestar atenção em detalhes ou, ao contrário, atenção demasiada a pequenos detalhes
Ø  Vocabulário empobrecido
Ø  Criação de subterfúgios para esconder sua dificuldade

Ensino Superior / Universitário

Dificuldades mais identificadas:
 
·         Letra cursiva.
·         Planejamento e organização.
·         Horários (adiantam-se, chegam tarde ou esquecem).
·         Falta do hábito de leitura.
·         Normalmente tem talentos espaciais (engenheiros, arquitetos, artistas).

Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmam a dislexia. Os sintomas podem ser percebidos em casa mesmo antes de a criança chegar à escola. Uma vez identificado o problema de rendimento escolar, deve-se procurar ajuda especializada.

AVALIAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

A equipe multidisciplinar, incluindo Psicólogo, Fonoaudiólogo e Psicopedagogo Clínico inicia investigação detalhada e verifica a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso. É muito importante o parecer da escola, dos pais, o levantamento do histórico familiar e a evolução do paciente.
Outros fatores deverão ser descartados, como déficit intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas e adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar (com constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar prejuízos emocionais, mas estes são consequências, não causa da dislexia).
A equipe multidisciplinar deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia.
Essa avaliação é importante tanto na identificação das causas das dificuldades apresentadas, quanto permite orientar o encaminhamento adequado para o caso individualizado.
Não existe teste único, patognomônico (sinais/sintomas constantes, característico da doença) de dislexia.
O diagnóstico deve ser realizado por profissional (ais) treinado (s), empregando-se uma série de testes e observações, em geral, trabalhando em equipe multidisciplinar, que analisará o conjunto de manifestações de dificuldades.
Testes auditivos e de visão podem ser os primeiros a serem solicitados.

Entre as avaliações mais solicitadas encontram-se testes:
 
ü  Cognitivos
ü  Inteligência
ü  Memória auditiva e visual
ü  Discriminação auditiva e visual
ü  Orientação
ü  Fluência verbal
ü  Testes com novas tecnologias




Tratamento após o diagnóstico de Dislexia

Uma vez diagnosticada a dislexia, segundo as particularidades de cada caso, o encaminhamento orientado permite abordagem mais eficaz e mais proveitosa, pois o profissional que assumir o caso não precisará de um tempo para identificação do problema, bem como terá ainda acesso a pareceres importantes.
Tendo conhecimento das causas das dificuldades, do potencial e a individualidade do paciente, o profissional pode utilizar a linha terapêutica que achar mais conveniente para o caso particular. Os resultados devem surgir de forma progressiva.
Em oposição à opinião de muitos, pode-se afirmar que o disléxico sempre contorna suas dificuldades e acha seu caminho. O disléxico também tem sua própria lógica e responde bem a situações que estejam associadas a vivências concretas.
A harmonia entre o profissional coordenador e o paciente e sua família podem ser decisivos nos resultados. O mecanismo de programação por etapas, somente passando para a seguinte quando a anterior foi devidamente absorvida, retornando às etapas anteriores sempre que necessário, deve ser bem entendido pelo paciente e familiares.

Sistema Cumulativo

Os serviços de educação especial podem incluir auxílio de especialistas, tutorias individuais, aulas especiais diárias. Cada indivíduo tem necessidades diferentes, por isso o plano de tratamento deve ser individualizado. Da mesma forma, é importante o apoio psicológico positivo, já que muitos estudantes com dificuldade de aprendizado têm autoestima baixa.

Prevenção

Os transtornos de aprendizagem tendem a incidir em famílias e a dislexia é um deles. As famílias afetadas devem fazer o máximo esforço para reconhecer precocemente a existência do problema.
Quando incide em famílias sem antecedentes, o diagnóstico pode ser feito na pré-escola, se os professores detectarem os primeiros sinais. A terapia precoce proporciona os melhores resultados

Mitos que não podem crescer:

1- A dislexia é contagiosa? 

Não. Ela é usualmente hereditária.

2- Uma pessoa pode ser medianamente disléxica?

Sim. Ninguém apresenta um quadro com todos os sinais de dislexia.

3- A dislexia é uma doença? 

Não.

4- A dislexia pode passar sem que se tome alguma providência?

Não. Quanto antes ela é identificada e são tomadas as medidas de tratamento, maiores podem ser os benefícios do tratamento.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Halloween





O Halloween é uma festa comemorativa celebrada todo ano no dia 31 de outubro, véspera do dia de Todos os Santos. Ela é realizada em grande parte dos países ocidentais, porém é mais representativa nos Estados Unidos. Neste país, levada pelos imigrantes irlandeses, ela chegou em meados do século XIX.

História do Dia das Bruxas

história desta data comemorativa tem mais de 2500 anos. Surgiu entre o povo celta, que acreditava que no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saíam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas, os celtas colocavam, nas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.
Por ser uma festa pagã foi condenada na Europa durante a Idade Média, quando passou a ser chamada de Dia das Bruxas. Aqueles que comemoravam esta data eram perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição.
Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro).

Símbolos e Tradições

Esta festa, por estar relacionada em sua origem à morte, resgata elementos e figuras assustadoras. São símbolos comuns desta festa: fantasmas, bruxas, zumbis, caveiras, monstros, gatos negros e até personagens como Drácula e Frankestein.
As crianças também participam desta festa. Com a ajuda dos pais, usam fantasias assustadoras e partem de porta em porta na vizinhança, onde soltam a frase “doçura ou travessura”. Felizes, terminam a noite do 31 de outubro, com sacos cheios de guloseimas, balas, chocolates e doces.

Halloween no Brasil

No Brasil a comemoração desta data é recente. Chegou ao nosso país através da grande influência da cultura americana, principalmente vinda pela televisão. Os cursos de língua inglesa também colaboram para a propagação da festa em território nacional, pois valorizam e comemoram esta data com seus alunos: uma forma de vivenciar com os estudantes a cultura norte-americana.

Críticas

Muitos brasileiros defendem que a data nada tem a ver com nossa cultura e, portanto, deveria ser deixada de lado. Argumentam que o Brasil tem um rico folclore que deveria ser mais valorizado. Para tanto, foi criado pelo governo, em 2005, o Dia do Saci (comemorado também em 31 de outubro).
A comemoração da data também recebe fortes críticas dos setores religiosos, principalmente das religiões cristãs. O argumento é que a festa de origem pagã dissemina, principalmente entre crianças e jovens, ideias e imagens que não correspondem aos princípios e valores cristãos. De acordo ainda com estes religiosos, as imagens valorizadas no Halloween são negativas e contrárias à pratica do bem.

            Como todos podem observar há muitos aspectos dessa festa a serem analisados! No entanto, é                   bom ressaltar que cada um possui a sua cultura e portanto, devemos respeitá-la sempre!
     
            Os alunos da nossa escola, dos 6os. anos, realizaram junto com a Professora Mirian, trabalhos a fim             de que pudessem entender o por quê se fala tanto em Halloween no mês de outubro!

            Os trabalhos ficaram lindos! Parabéns a todos!

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